domingo, 14 de dezembro de 2008



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"NÃO TE CONTENTES COM O QUE É MENOR QUE DEUS".(Mary Ward).
Quase sempre colocamos nossos sonhos e os nossos afetos em coisas tão insignificantes e vazias.Esquecemos do essencial que é Deus!
Existem àquels que têm como o essencial de sua vida; o dinheiro,bens materiais ou simplismente se apegam a alguém ou coisas.
Tudo que é não é de Deus é nada, passageiro,ilusório.Só Deus é o nosso tudo e por isso deve ser a nossa meta, buscá-lO sempre e a cada dia.
Jesus nos alerta para o perigo de apegar-se as coisas deste mundo as quais nos deixa prisioneiros e escravos delas."Onde estiver o vosso tesouro,ali estará também o vosso CORAÇÃO."(Lc 12,34). Aprendamos a guardar Jesus no nosso coração como centro de nossa vida me como o maior tesouro.
Do irmão em Cristo,
Tarcisio Silva.

Deus Onipresente


Deus está em toda a parte e nunca nos deixa. No entanto, Ele parece, umas vezes presente, outras ausente. Se não O conhecemos bem, não percebemos que Ele nos pode ser mais presente em Sua ausência do que em Sua presença.Deus tem duas espécie de ausência. Uma é a que nos condena; a outra a que nos santifica.Na ausência que condena, Deus “não nos conhece”, visto que pusemos um outro deus no Seu lugar. Na ausência que santifica, Deus esvazia a alma de toda a imagem capaz de converter-se em ídolo e de cada interesse que poderia ser obstáculo entre a alma e Deus.Os que amam só a presença aparente de Deus não podem seguir aonde quer que Ele vá. Eles não O amam perfeitamente se não consentem na Sua ausência.Deus aproxima-se do nosso espírito ao afastar-se dele. O Senhor viaja em todas as direções ao mesmo tempo. O Senhor chega de todos os lados ao mesmo tempo.Cada homem torna-se a imagem do deus que ele adora.Quem adora uma coisa morta, converte-se em coisa morta.Quem ama a corrupção, fica pobre.Quem ama uma sombra, transforma-se em sombra.Quem ama coisas perecíveis, vive no medo da sua perdição.O contemplativo, que procura guardar Deus prisioneiro em seu coração, torna-se também prisioneiro dos estreitos limites do seu coração.O homem que deixa ao Senhor a liberdade do Senhor, adora-O em sua liberdade e recebe a liberdade dos filhos de Deus.Sois o Deus forte, o Santo, o Justo, poderoso e discreto na Vossa bondade, escondido de nós a Vossa liberdade, a dar-nos amor sem limites, para que recebendo tudo da Vossa liberdade, possamos conhecer que só Vós sois Santo.O sábio lutou para ver em Vós a Sua sabedoria, e não conseguiu. O justo esforçou-se por vos compreender em sua justiça, e se perdeu.Mas o pecador, subitamente tocado pelo raio de misericórdia que devia ter sido da justiça, prostra-se em adoração diante da Vossa santidade, pois ele viu o que reis desejaram ver e não viram. Ele viu que o Vosso amor é tão infinitamente bom que não pode ser objeto de contrato humano.todo verdadeiro filho de Deus é manso, perfeito, dócil e solitário.(Thomas Merton)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

São Bernardo de Corleone (Santo da Sicilia)


Dotado de temperamento violento, extraviou-se no caminho da turbulência; convertendo-se, com a mesma radicalidade seguiu o caminho da virtude de modo a alcançar a honra dos altares
Felipe, como se chamava no mundo esse santo capuchinho, nasceu em Corleone, na Sicília, no ano de 1605. Seu pai era humilde artesão; e a família, tão piedosa que sua casa era conhecida como a “casa dos santos”. Embora não pudessem dar aos filhos uma educação esmerada, transmitiram-lhes a riqueza da prática e ensinamentos de nossa santa Religião.
Entretanto Felipe tinha um caráter fogoso e independente, dificilmente controlando seu espírito rebelde, insensível a ameaças e castigos.
Com o pai aprendeu a profissão de sapateiro, mas, independente e ambicioso como era, logo começou a trabalhar por conta própria.

Após o falecimento do pai, que tinha certa autoridade sobre ele, Felipe resolveu fazer-se soldado. Com seu espírito belicoso, logo começou a meter-se em encrencas, chegando mesmo a tornar-se algumas vezes feroz. A um comissário de guerra que se dirigiu a ele de modo altivo, cortou a cabeça com um golpe de sabre.
Também decepou o braço de um fidalgo que levantara a mão para esbofeteá-lo. Matou três bandidos que o assaltaram e ameaçavam tirar-lhe a vida. Travou vários duelos com companheiros de armas que dele discordavam em qualquer ponto.
Em meio a esses desvarios, entretanto, Felipe tinha alguns bons movimentos. Certo dia, por exemplo, em que dois soldados roubaram de um compatriota seu o dinheiro do trigo que vendera a duras penas, ele os perseguiu e fê-los devolver o dinheiro.

Outra vez, passando com um amigo por um bosque, ouviu gritos de socorro. Acorrendo pressuroso, viu uma jovem que se debatia entre quatro facínoras que queriam roubar-lhe a pureza. Não teve dúvidas: descarregou a pistola sobre o mais afoito deles e fez os outros fugirem espavoridos.
Quando sentia remorsos por sua má vida, fazia alguma boa obra para aliviar a consciência. Mas não ia além. Um dia em que ganhou uma soma considerável, pensou: “É justo que eu resgate alguns dos meus pecados”. E depositou a quantia no cofre de esmolas do hospital.
Seu rancor era proverbial e não perdoava nem mesmo os mortos. Assim, certa vez, quando se realizavam os funerais de um senhor com quem havia tido um atrito, entrou na igreja no momento da encomendação do corpo e, diante da viúva e dos parentes do falecido em lágrimas, começou a gargalhar, para dar mostras de sua alegria por aquela morte.
Isso lhe valeu uma boa sova. Mais ainda: os parentes do falecido entraram em processo criminal contra o brigão, que foi perseguido pela polícia, tendo que se refugiar numa igreja para gozar do direito de asilo.

Chegara, finalmente, o momento para mudança de vida. Abandonado, perseguido pela justiça e pela própria consciência, Felipe foi aos poucos caindo em si. Não tendo outra coisa a fazer, começou a considerar a miserável vida que levava, e quão perto estava de sua eterna perdição. A graça, penetrando em sua alma, fez o resto. Com um coração contrito e humilhado, pediu a Deus perdão por seus pecados e prometeu retirar-se do mundo para terminar seus dias em atos de penitência e de piedade. Depois de uma contrita confissão geral, dirigiu-se ao convento capuchinho de Palermo.
O superior, conhecendo sua reputação, tratou-o com rigor e mandou-o falar com o Padre Provincial, então de visita ao convento da cidade. Este também conhecia a má fama de Felipe e não o quis receber. Finalmente, tocado pelas insistências do infeliz, deu-lhe esperanças de o admitir na Ordem se ele fizesse, à família enlutada, reparação cabal pelo escândalo dado.
Felipe, apesar do obscuro nascimento, era dessas almas que se entregam com ardor ao bem, após ter-se entregue ao mal. Tinha horror à mediocridade e não gostava de meios termos. Assim, por mais dolorosa que fosse a prova, enfrentou-a com altaneria e foi lançar-se aos pés das pessoas afetadas, pedindo-lhes humildemente o perdão.
Aqueles bons cristãos, vendo seu sincero arrependimento, o concederam de coração. Assim Felipe foi recebido no noviciado, mudando seu nome para Bernardo de Corleone, que o imortalizaria. Tinha então 27 anos de idade.

Uma vez postas as mãos no arado, Frei Bernardo não olhou mais para trás, e caminhou a passos largos pela senda da humilhação e da penitência com o mesmo ardor com que se tinha entregue ao mal. De espírito independente antes, mostrou-se agora o mais obediente dos religiosos, procurando mesmo adivinhar o menor desejo dos superiores.
Como antes tinha sido ganancioso e desejoso dos bens terrenos, observou de tal maneira a santa pobreza, que muitos o comparavam ao Poverello de Assis. Nada possuía, a não ser um hábito gasto, um terço, uma cruz e uma disciplina para domar os impulsos desregrados de seu temperamento. Passou a dormir no chão, e apenas três horas por noite.
Disciplinava-se até o sangue e vivia a pão e água. As rudes provas a que o submetiam seus superiores, por mais humilhantes que fossem, apenas aumentavam-lhe o fervor. Sofreu inúmeros assaltos do demônio, os quais, em vez de abalar sua constância, o fortaleciam cada vez mais.
Frei Bernardo, embora simples e sem cultura, atingiu as mais sublimes alturas da oração e mereceu a honra de ser distinguido por graças especiais de Nosso Senhor e da Bem-aventurada Virgem Maria, chegando a conhecer os mais profundos mistérios de nossa Fé.
Em Palermo todos comentavam tão profunda mudança. Um alto funcionário do rei foi um dia ao convento para comprovar o que diziam do antigo malfeitor.
Quando o viu junto a si, tratou-o com altivez e desdém. Mas as respostas de Frei Bernardo foram tão sobrenaturais, tão humildes e desapegadas, que o fidalgo acabou abraçando-o efusivamente, pedindo-lhe desculpas por sua altivez e recomendando-se às suas orações.
No dia da profissão religiosa de Frei Bernardo, o povo de Corleone acorreu em multidão para edificar-se com esse exemplo tão cabal de conversão religiosa.

Foi com verdadeira alegria que recebeu a função de enfermeiro numa época em que havia no convento vários frades com moléstia contagiosa.
Frei Bernardo prestava-lhes os auxílios mais humilhantes, tratando a cada um como se fosse o próprio Cristo Jesus. Foi também ajudante de cozinha e, para exercer melhor a humildade, lavava as roupas dos sacerdotes do convento.
Entretanto, queria mais. Por isso, implorou aos superiores licença para socorrer os habitantes de Scarlato, muitos dos quais morriam por causa de uma epidemia que assolara a cidade. Assim, os habitantes da região passaram a ver nele um anjo tutelar, a quem recorriam em todas as vicissitudes. E vários fatos provaram a caridade e bom senso desse irmão leigo.

Deus queria que Bernardo, por novos sofrimentos, expiasse mais cabalmente as faltas da vida passada. Certo dia os religiosos o mandaram fazer uma viagem por mar, de Palermo a Messina. O barco em que viajava foi atacado por corsários muçulmanos, e ele levado prisioneiro para o Magreb, onde foi vendido como escravo.
Já essa situação de escravidão entre infiéis é de si penosa. Mas a dele foi agravada pelas importunações impuras de uma jovem escrava. Evidentemente ele se opôs com toda tenacidade àquele pecado. O que levou a mulher, irritada, a obter do patrão comum que, depois de o ter espancado severamente, pusesse Frei Bernardo a ferros em imundo cubículo.
Finalmente Deus quis recompensar seu servidor, e numa troca de prisioneiros ele voltou para a Itália.
Na exumação, corpo encontrado incorruptoFrei Bernardo de Corleone fazia-se notar por sua terna devoção à Paixão de Cristo, um profundo amor à Virgem Maria e à Santíssima Eucaristia — e, coisa rara para a época, tinha a dita de comungar diariamente. Praticando o primeiro Mandamento em grau heróico, amava a Deus sobre todas as coisas; e também ao próximo como a si mesmo. Por isso, assolando a peste a cidade de Castelnuovo, obteve dos superiores licença para acompanhar cinco religiosos capuchinhos que lá iam socorrer os atingidos.Entregando-se de corpo e alma ao cuidado deles, sua natureza, antes tão robusta, mas gasta por penitências e privações voluntárias, sucumbiu. Atingido pela peste, Frei Bernardo faleceu no dia 12 de janeiro de 1667, na idade de 60 anos.
Seu funeral foi um acontecimento no reino da Sicília. Tal era a fama de sua santidade, que os grandes do reino quiseram ter a honra de carregar sobre os ombros seu caixão.
Muitos milagres ocorreram junto a seu túmulo, o que levou o arcebispo de Palermo a trabalhar pelo seu processo de canonização. Seu corpo foi exumado sete meses depois de sua morte e encontrado incorrupto. O Papa Clemente XIII beatificou-o em maio de 1768 e João Paulo II canonizou-o em 2001.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Oração a Jesus Eucarístico de Lanciano


Oração
Ó Jesus, Pão vivo descido do céu, como é grande a Vossa bondade!
Para perpetuar a fé na Vossa Presença Real na Eucaristia, com extraordinário poder, vos dignastes mudar as espécies do pão e do vinho em Carne e Sangue, como se conservam no Santuário Eucarístico de Lanciano. Aumente sempre mais a nossa fé em Vós, Senhor sacramentado! Ardendo de amor por Vós, fazei com que, nos perigos, nas angústias e nas necessidades, só em Vós encontremos auxílio e consolação, ó divino Prisioneiro dos nossos tabernáculos, ó Fonte inesgotável de todas as graças. Suscitai em nós a fome e a sede do Vosso alimento eucarístico para que, saboreando este pão celeste, possamos gozar da verdadeira vida agora e sempre. Amém.

O MIlagre de Lanciano


O milagre de Lanciano.

Há mais de 12 séculos deu´se o primeiro e mais prodigioso Milagre Eucarístico da Igreja Católica. Por volta dos anos 700, na cidade italiana de Lanciano, viviam no mosteiro de São Legoziano os Monges de São Basílio, e entre eles havia um que se fazia notar mais por sua cultura mundana do que pelo conhecimento das coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante, e ele era perseguido todos os dias pela dúvida de que a hóstia consagrada fosse o verdadeiro Corpo de Cristo e o vinho o Seu verdadeiro Sangue. Mas a Graça Divina nunca o abandonou, fazendo´o orar continuamente para que esse insidioso espinho saísse do seu coração. Foi quando, certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração, ele viu a hóstia converter´se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo. Sentiu´se confuso e dominado pelo temor diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenatural. Até que, em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou´se para as pessoas presentes e disse: ´Ó bem´aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar´se neste Santíssimo Sacramento e tornar´se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!´ A estas palavras os fiéis se precipitaram para o altar e começaram também a chorar e a pedir misericórdia. Logo a notícia se espalhou por toda a pequena cidade, transformando o Monge num novo Tomé. A Hóstia´Carne apresentava, como ainda hoje se pode observar, uma coloração ligeiramente escura, tornando´se rósea se iluminada pelo lado oposto, e tinha aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa (entre o amarelo e o ocre), coagulado em cinco fragmentos de forma e tamanhos diferentes. Serenada a emoção de que todo o povo foi tomado, e dadas aos Céus as graças devidas, as relíquias foram agasalhadas num tabernáculo de marfim mandado construir pelas pessoas mais credenciadas do lugarejo. A partir de 1713 até hoje, a Carne passou a ser conservada numa custódia de prata, e o Sangue, num cálice de cristal. Aos reconhecimentos eclesiásticos do Milagre, a partir de 1574, veio juntar´se o pronunciamento da Ciência moderna através de minuciosas e rigorosas provas de laboratório. Foi em novembro de 1970 que os Frades Menores Conventuais, sob cuja guarda se mantém a Igreja do Milagre (desde 1252 chamada de São Francisco), decidiram, devidamente autorizados, confiar a dois médicos de renome e idoneidade moral a análise científica das relíquias. Para tanto, convidaram o Dr. Odoardo Linoli, Chefe de Serviço dos Hospitais Reunidos de Arezzo e livre docente de Anatomia e Histologia Patológica e de Química e Microscopia Clínica para, assessorado pelo Prof. Ruggero Bertelli, Prof. Emérito de Anatomia Humana Normal na Universidade de Siena, proceder aos exames. Após alguns meses de trabalho, exatamente a 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório contendo os resultados das análises: ´A Carne é verdadeira carne, o Sangue é verdadeiro sangue. A Carne é do tecido muscular do coração (miocárdio, endocárdio e nervo vago). A Carne e o Sangue são do mesmo tipo sangüíneo (AB) e pertencem à espécie humana. No sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os seguintes materiais: cloretos, fósforos, magnésio, potássio, sódio e cálcio. A conservação da Carne e do Sangue, deixados em estado natural por 12 séculos e expostos à ação de agentes atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário.´ E antes mesmo de redigirem o documento sobre o resultado das pesquisas realizadas em Arezzo, os Doutores Linoli e Bertellli enviaram aos Frades um telegrama nos seguintes termos: ´E o Verbo se fez Carne!´. É assim que o Milagre de Lanciano, desafiando a ação do tempo e toda a lógica da ciência humana, se apresenta aos nossos olhos como a prova mais viva e palpável de que ´Comei e bebei todos vós, isto é o meu Corpo que é dado por vós.´, mais do que uma simples simbologia como possa parecer, é o sinal divino de que n Sacramento da Comunhão está o alimento da nossa esperança nas Promessas de Cristo para nossa Salvação: ´Aquele que come a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.´ (Jo 6,55). Tão Sublime Sacramento, adoremos neste altar, pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar. Venha a Fé por suplemento os sentidos completar. Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador. Ao Espírito exaltemos na Trindade Eterno Amor. Ao Deus Uno e Trino demos a alegria e o louvor. Amém. (São Tomás de Aquino) O MILAGRE EUCARÍSTICO DE LANCIANOFrades Menores Conventuais do Santuário do Milagre EucarísticoFolheto em italiano ´Il Miracolo Eucaristico di Lanciano´ A antiga cidade de Anxanum dos Frentamos conserva nos últimos doze séculos o primeiro e maior Milagre Eucarístico da Igreja Católica. Esse Prodígio aconteceu no oitavo século de nossa era, na igrejinha de São Legonziano, por causa da dúvida de um frade basiliano sobre a presença Real de Jesus na Eucaristia. Durante a celebração da Santa Missa, terminada a consagração do pão e do vinho, a hóstia transformou´se em Carne Viva e o vinho em Sangue Vivo formando cinco glóbulos irregulares e distintos uns dos outros em sua forma e tamanho. A Hóstia´Carne, como hoje se observa muito bem, tem o tamanho da hóstia grande atualmente em uso na Igreja Latina. É ligeiramente escura e quando olhada contra a luz adquire um colorido róseo. O Sangue está coagulado, tem cor de terra tendente ao ocre. Desde 1713 a Carne está conservada num artístico Ostensório de Prata, finamente cinzelado, estilo napolitano. O Sangue está contido numa rica e antiga ampola de cristal de rocha. Os Frades Menores Conventuais custodiam o Milagre desde 1252, por determinação do Bispo de Chieti, Laudulfo, e por Bula Pontifícia de 12.05.1252. Antes disso, executavam essa tarefa os Monges Basilianos até 1176 e os Beneditinos de 1176 a 1252. Em 1258 os Franciscanos construíram o Santuário atual que em 1700 sofreu uma transformação do estilo românico´gótico para o barroco. O Milagre foi colocado inicialmente em uma capela ao lado do altar principal, passando em 1636 para um altar lateral da Nave onde ainda se conserva a antiga custódia em ferro batido e placa comemorativa. Em 1902, o Milagre foi colocado no segundo tabernáculo do altar monumental construido no centro do presbitério pela população de Lanciano. Aos vários reconhecimentos eclesiásticos, feitos em fins de 1574, seguem´se em 1970´1971 ´ e retomados em 1981 ´ os reconhecimentos científicos, executados pelo prof. Edoardo Luioli (livre docente em Anatomia e Istologia Patológica e em Química e Microscopia Clínica), coadjuvado pelo prof. Ruggero Berteli (Universidade de Siena). As análises, procedidas com absoluto rigor científico e documental de uma série de fotografias ao microscópio, deram estes resultados: · A Carne é carne verdadeira. O Sangue é sangue verdadeiro. · A Carne e o Sangue pertencem a espécie humana. · A Carne pertence ao Coração em sua estrutura essencial. · Na Carne estão presentes, em secções, o miocárdio, o endocárdio, o nervo vago e, pela expressiva espessura do miocárdio, o ventrícolo cardíaco esquerdo. · A Carne e o Sangue pertencem ao mesmo grupo sanguíneo AB. · No Sangue foram encontradas as proteínas normalmente existentes e nas proporções percentuais idênticas às encontradas no sangue normal fresco. · No Sangue foram encontrados também os minerais cloro, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio. · A conservação da Carne e do Sangue miraculosos, deixados em estado natural durante doze séculos e expostos aos agentes físicos, atmosféricos e biológicos constitui um Fenômeno Extraordinário. Concluindo, pode´se dizer que a Ciência, chamada a manifestar´se, deu uma resposta segura e definitiva a respeito da autenticidade do Milagre Eucarístico de Lanciano.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Maria Venerada Pelos Padres da Igreja


Em tudo invoca Maria que te leva ao TUDO , que é Deus". (Santo Alberto Magno)


Muitos santos falaram dessa mediação de Maria junto a Deus. São Bernardo (1090-1153) assim diz:“Tal é a vontade de Deus que quis que tenhamos tudo por Maria. Se, portanto, temos alguma esperança, alguma graça, algum dom salutar, saibamos que isto nos vem por suas mãos”.
São Bernardino de Sena:“Todos os dons virtudes e graças do Espírito Santo são distribuídos pelas mãos de Maria, a quem ela quer, quando quer, como quer, e quanto quer” (TVD, p. 137).
São Bernardo:“Eras indigno de receber as graças divinas: por isso foram dadas a Maria a fim de que por ela recebesses tudo o que terias” (idem).
Santo Efrém (306-373), doutor da Igreja, já no século IV afirmava:“Minha Santíssima Senhora, Santa Mãe de Deus, cheia de graças e favores divinos, Distribuidora de todos os bens! Vós sois, depois da Santíssima Trindade, a Soberana de todos; depois do Medianeiro, a Medianeira do Universo, Ponte do mundo inteiro para o céu. Olhai benigna para minha fé e meu desejo que me foram inspirados por Deus” (VtMM, p. 97).
São Boaventura (1218-1274), bispo e doutor da Igreja:“Deus depositou a plenitude de todo o bem em Maria, para que nisto conhecêssemos que tudo que temos de esperança, graça e salvação, dela deriva até nós” (VtMM, p. 101).
Santo Alberto Magno (1206-1280), doutor da Igreja e professor de São Tomás:“É anunciada à Santíssima Virgem tal plenitude de graça, que se tornou por isso a fonte e o canal de transmissão de toda a graça a todo o gênero humano” (idem).
São Pedro Canísio (1521-1597), doutor da Igreja:“O Filho atenderá Sua Mãe e o eterno Pai ouvirá Seu próprio Filho: eis o fundamento de toda nossa esperança” (idem).
São Roberto Belarmino (1542-1621), bispo e doutor da Igreja:“Todos os dons, todas as graças espirituais que por Cristo, como cabeça, descem para o corpo, passam por Maria que é como o colo desse corpo místico” (VtMM, p. 102).
São Luiz destaca outra razão importantíssima da intercessão de Maria. Diz ele:“Reconhecemo-nos indignos e incapazes de, por nós mesmos, aproximar-nos de Sua Majestade infinita; e por isso servimo-nos da intercessão da Santíssima Virgem. Além disso é uma prática de grande humildade, virtude que Deus ama acima de todas as outras. Uma alma que se eleva a si mesma rebaixa a Deus. Se vos rebaixais crendo-vos indignos de aparecer diante d’Ele e de vos aproximar d’Ele, Ele desce, rebaixa-se para vir até vós, para comprazer-se em vós, e para vos elevar.” (Tvd, n. 142).